A desvalorização de uma minoria, a existência dos chamados “marginais”
prova que não somos toleráveis, prova que rejeitamos os desiguais e os
rotulamos como “não aptos para conviver com os demais”.
A ideia sociológica que
a prisão era uma medida corretiva, como retirar um indivíduo da sociedade,
afastá-lo e corrigi-lo para depois ser devolvido para o convívio é uma ideia
antiga, que em alguma época funcionou, mas que ficou mais do que comprovado que
as prisões atuais são ataques psicológicos, destruindo a ideia de humanidade,
ética, etnias e igualdade para um ser humano e quando é devolvido para a
civilização se ele não está igual, está pior.
E ainda assim estamos imersos, condicionados a
acreditar que deveria funcionar, apesar de não vermos os resultados brilhantes
desta ideia. E isso não é o “mal da nova geração” é o mal da humanidade, da
nossa espécie, o condicionamento. Por mais que fora da lei, por mais que
diferente e contra a natureza o direito de julgar é por nós expressamente
proibido e as pessoas ainda o insistem. A ideia é acolher, oferecer abrigo,
proteção, não só digo em respeito aos presidiários, mas em todos aqueles casos
em que dissemos “Como que alguém é capaz disso?” frase não usada somente para
os casos de estupro, violência, agressão, mas em casos muito mais banais como
fazer uma tatuagem, pintar o cabelo de uma cor não considerada “nos padrões”,
namorar alguém do mesmo sexo, usar alargadores e tudo que foge do “padrão
normal da natureza humana e beleza exterior padrão” em casos absurdos também
como somente estar acima do peso, não estar com a roupa da moda e outras coisas
totalmente fúteis.
Agora você me pergunta: Então você quer dizer que um
assassino é comparado com uma pessoa que está fora do peso? Bom, é óbvio que
não, estou olhando todo este assunto de outro ângulo, talvez um ângulo que você
não conseguiu enxergar ainda, mas estou dizendo em relação a nossa atitude
quanto a isso. Acreditar, achar ou até mesmo ter certeza de que um indivíduo
não é merecedor de viver num grupo social é relativo, é completamente relativo,
por isso não o deveria existir. Agora conseguiu me entender? A vida tem que ser vista com outros olhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário